Foi às duas horas da manhã, em um quarto escuro de um motel, ouvindo a sua respiração e olhando a sua pele, que eu senti a poesia retornar a minha vida. Como se cada milímetro do meu corpo esperasse pelo derradeiro instante em que as palavras novamente fizessem sentido, encaixando-se umas às outras. Assim como, a minha mão nos seus cabelos, a sua boca na minha, seus olhos dentro de mim.
Como se cada poro da pele exalasse um perfume poético capaz de me trazer de volta à vida. E eu te senti meu, por algumas horas, a senhora suprema de seu suspiro compassado, das suas mãos suaves e de seus beijos.
Como se as palavras voltassem a minha cabeça para poder exprimir o prazer daquela noite. Poesia.
Entre noites em pranto
Acordo de espanto
Me vejo contigo
Dos olhos me encanto
Com você um tanto
Eu sinto encanto
Volto a sorrir.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
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