terça-feira, 31 de março de 2009

E torno a contabilizar os instantes, momentos e segundos do que se não passou, ou passou, ou passará, talvez, nem existiu. Faltam doze dias para completar um ano. E nem sei porquê pensei nisso hoje. Acho que foi o sonho, pesadelo talvez, o peso da tua mão, que me afundou na névoa infinita, que me apagou o brilho nos últimos três meses... três meses que não te tenho aqui.

E isso nem importaria, se não tivesse sido o sonho. Um misto de raiva, DÓ, carinho e nojo. Tudo na mesma cena, como um quadro modernista à la Picasso. Cores, dores e flores. Rimando. Num ábaco vou contando os dias em que tento superar a ânsia e calar o grito. Superando a mim. Provando para eu mesma que Eu consigo, sim senhor. E faço bem melhor.

Vou tentando trancar a porta, com todas as trancas, fechaduras e cadeados. Deixando os pares e assumindo os ímpares. Entre sagitários e leões. Ou nenhum dos dois, ou ambos. E vou me apaixonando pelo singelo ser chamado EU. Pela beleza chamada VIDA. E pelo nada chamado AGORA.