Eu poderia optar por começar com qualquer frase. Mas neste exato momento não sei o que dizer. Talvez porque quando eu penso em você as palavras se misturam e se encaixam fazem e não fazem sentido. Talvez porque você seja o único capaz de me fazer arrepiar os pêlos dos braços e as vertebras da espinha.
E eu fico idioticamente suspirando, pensando nas coisas idiotas que você fala. No jeito engraçado que você anda. Ou no som do seu ronco quando dorme nos meus braços. E isso soa tão horrível e besta quanto o nosso "fim".
Eu fico com um nó na garganta, e todos esses outros adjetivos idioticamente literários e metafóricos que não combinam com você. Você, tão ridiculamente autêntico, singelo, franco e besta. E desses adjetivos eu tiro a média, faço o MMC e vou me apaixonando a cada dia.
Talvez porque eu acho que te conheço como não deveria, até demais, ou talvez de menos. Mas com certeza porque confio em você. Confio meus suspiros, meus desejos e o lado de mim que eu mais escondo.
E bebo pra me lembrar de você, pra me sentir um milímetro mais perto, um milésimo mais sua. E choro sufocada com vergonha de ter quebrado a promessa. Com vergonha e talvez medo de mim.
É mais fácil gostar de quem não gosta. A reciprocidade espanta, a indiferença é corriqueira. Relacionar-se predispõe até o que não se tem, e a concepção é mais complexa que se supõe.
Vou escolhendo a dedo as pessoas pelas quais NÃO posso me apaixonar, para então, idioticamente, me apaixonar por inteiro. Afinal, seria fácil demais se fosse fácil. E também, não haveriam tantos textos a serem escritos.
quarta-feira, 15 de abril de 2009
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