domingo, 3 de maio de 2009

2004

Talvez este nem seja o nome correto para exprimir este sentimento, mas considero que esta é uma palavra que resume todas as outras: nostalgia, agradecimento, incapacidade, cultura e futuro.
Infelizmente, nesta nossa cultura ocidental só nos damos conta das coisas e as valorizamos depois que elas partem. E, este foi o segundo! Nosso segundo professor que faleceu... primeiro a empenhada professora de literatura - cancer-, agora, o engraçado professor de geografia -acidente de carro. Me pergunto, tantos outros que passaram na minha vida, por um 1 mês, 2 anos, 5 anos, 6? E tÊm-se notícia assim, um amigo que deixa mensagem no ICQ avisando, tudo tão frio e distante.
Aí, me lembro de cadeiras, carteiras, giz, lousa, gritos, bolinhas de papel, bicicletas para explicar a globalização, e parece tudo tão distante, ao mesmo tempo que tão vivo aqui dentro de mim. Como os anos passam! Lembro-me dos professores de primário, de colegial e até os de agora, de faculdade, e fico indagando se eu realmente dou à eles os valores que cada um merece.
Hoje voltou na minha cabeça uma das aulas de filosofia, quando o Tadeu disse que o maior prazer dele era dar aulas e poder contribuir nem que fosse um pouquinho para a nossa vida. E como ele contribuiu! Fez com que eu fosse mais "eu", não há dinheiro que compre aquela aula sobre 'Jonas' e o amor incondicional. Não há dinheiro que compre cada marquinha que cada professor deixou na minha personalidade, não só professores de escola, mas professora de vôlei, professor de violão, de canto, de pintura e de ballet (é mesmo! eu fiz ballet!) Foram tantos e tantas histórias para se contar e para lembrar, guardar e aprender, sempre e sempre!
Nem que seja aprender à nunca esquecer o quanto eu cresci, o quanto aprendi e o quanto ainda tenho a aprender. Queria dizer apenas, muito obrigada! Aos meus professores de escola, de colégio, de vida, por terem me ajudado a ser o que hoje sou! Muito obrigada!!!!!
E... até encontrei um versinho que estava no fim de uma das provas de história:
"Dois homens olham pela janela
Um vê a lama. O outro vÊ as estrelas!" (F. Langbridge)

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