domingo, 3 de maio de 2009

2005

E penso que seria mais fácil
Fingir que a vida é mecânica
E segue como uma engrenagem sólida
Mais difícil é aceitar que ela é uma aula
Daquelas construtivistas
Piagetianas

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E vem me dizer que perdi
Minha vida lutando para ser o que sonhava
Mas que sonho não se põe em ação, sonho acontece
Me diz que gastei 21 anos
Tentando achar um eu
E que esse eu não tem definição
E que ser eu, não tem nome
Nem etiqueta
Se sou, sou eu
E aí, crises de quem são os outros...
Ou quem os outros querem que eu queria ser
E por fim, acabo sendo...

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Tão mais simples construir emoções sob solo concreto
Mas tão impossível encontrar verdade em chão espesso.
Sinceridade em grãos de areia, instabilidade e profundidade
Areia pequena que não se divide
Ilusões em imagens de areia
Sinceras e ilusórias
Acreditar que as coisas são mais simples do que se mostram ser
Um mar, areia, sol e uma mão para dois.
Melhor sujar os pés de lama e caminhar por entre concreto.


Todas sem começo nem fim...

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