domingo, 3 de maio de 2009

2005

Ela olhava as folhas pálidas do caderno, e tentava achar palavras que saíssem da grafite e manchassem as linhas, tomando formas de letras. Tentava achar palavras que descrevessem o que sentia quando seus olhos encontravam os dele.
Poetas!
Tão bonito olhar de poeta. Parece que advinham os anseios da alma com apenas um olhar.
E tanto que ela queria explicar o que era aquela vontade de sorrir, de elevar as extremidades da boca até os olhos e sentir os olhos brilharem.
Ele me causa isso...
Talvez não fosse a primeira vez que sentira isso, e provavelmente, não seria a última. Mas, no momento, parecia ser o pleno!
Queria descrever cada traço do rosto dele, e a sensação de ohar para trás e ele estar olhando. E o sorriso...
Aquele sorriso... Sorriso de poeta...
Somado a olhar de poeta...
Só pode ser paixão! Paixão por poesia...E era o que ela procurava agora...fazer poesia com as sensações que tem quando lembra dele. Mas, o certo é que ele faria uma poesia muito mais bonita...
Melhor ficar assim, sem escrever nada.
E manter tudo dentro da cabeça e dos sentidos, deixar intocado e único.
Como se fosse a primeira vez...

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